01 junho 2010

cabeças vazias


Até fico abananada com algumas coisas que vejo no comboio de todos os dias. Ontem, eram perto das 20h quando vim para casa. Plena luz do dia, calor, pessoal a comer gelados e a beber Coca-Cola. Enfim, o normal dos primeiros dias de verão.

Qual o meu espanto quando entram uns 10 gaiatos, miúdos e miúdas, que não tinham mais do que 16 anos. Um deles trazia uma garrafa de Cachaça 51 na mão e outro uma de Vodka. As miúdas traziam umas garrafas de Coca-Cola com um líquido transparente, talvez uma mistura de cachaça com vodka e sabe-se lá mais o quê. Água não era com certeza.

Entraram, literalmente, aos berros [algo que odeio profundamente] e foi um chinfrim que nem vos conto. Se eu mandasse nesta aldeia plantada à beira-mar, podiam ter a certeza que antes dos 21 ninguém comprava uma pinga de álcool.

O que andam a fazer os pais destes adolescentes? Não lhes sentem o cheiro hediondo a bebedeira? Ou será que já é tão habitual que apenas o confundem com um perfume rasca?

Não percebo… juro que não per-ce-bo.

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