Às vezes, acho que ser assim é uma virtude. Nas outras, acho que é ter duas caras.
Na grande maioria das vezes, não consigo parecer uma coisa que não sou. E digo na grande maioria, porque às vezes [felizmente muito raras] tenho que mostrar coisas que não estou verdadeiramente sentir. E não me refiro a sentimentos profundos que incluam as outras pessoas, isso seria maldade, refiro-me a situações do dia-a-dia em que temos que fazer um esforço para tudo parecer bem. Não gosto de ter que ser assim. Não faz de mim autêntica e isso deixa-me com os fígados do avesso.
Será que, no fundo no fundo, não somos todos assim? Quem é que já não fez coisas completamente contrariado? Quem é que já não sorriu e mostrou felicidade quando está tudo menos feliz? Quem é que já não teve que dizer que concorda com uma decisão que discordamos profundamente? Acho que todos.
Apesar disso, acho que devemos fazer um esforço para nos fazer valer. Dizer "basta" ao sim constante e aprender a dizer que não.
1 comentário:
Claramente acho que todos somos assim. Faz parte. A questão, neste caso, é a quantidade de vezes em que temos de ser ou manifestar o contrário daquilo que realmente somos. E é essa a quantidade que se deseja diminuta.
P.
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