01 agosto 2010

a arte da costa

Ontem andámos a passear pela Costa da Caparica. Mil desculpas a quem mora perto ou adora, porque realmente tenho que admitir que está melhor assim, mas eu não consigo gostar nem um bocadinho. Desde as tábuas no chão, que tenho que ir sempre com vinte olhos para não tropeçar, aos bares que não são especialmente bem frequentados, àquela terra que envolve toda a área, que ainda tem restos de tijolos e pedras. Não gosto. Parece que tudo está inacabado e sujo. Bahhh, não gosto mesmo nada. De resto, a praia é óptima, como sempre foi e como espero que seja sempre. Adiante.

Já estávamos a caminho do carro quando resolvemos entrar num centro comercial, cujo aspecto prefiro não comentar. À entrada, há uma galeria de arte e a minha mãe já me tinha dito que há dias vira por lá um Picasso à venda. Juro que achei que a minha mãe estava claramente a gozar comigo. Só podia, afinal era pouco provável que num sítio tão longe de tudo, houvesse uma obra de tamanho valor e sem qualquer tipo de promoção. 

Pois é, o Picasso já não estava lá, mas havia desde Chichorro, a Cargaleiro, a Pomar, e mais uma quantidade deles que só a minha mãe os reconhece. O que mais me impressionou foi ver que tudo isto está protegido por pouco mais de 1 cm de vidro, o chão é de mosaico foleiro e com uns tapetes do pior que pode existir. Mais, no chão, junto à secretária, estava um Dalí. Sim, um Salvador Dalí, encostado à parede, como se fosse um quadro do Ikea. Inacreditável.

Era aqui, à esquerda, que estava o dito Picasso.
Ali à esquerda da secretária e à direita do bloco de 2 gavetas... estava o Dalí.

3 comentários:

Pedro disse...

Claramente trata-se de um quadro que deu à costa e que não é dali.

P.

Cláudia L. disse...

Ai o senhor dos trocadilhos :)

Alexandra disse...

Deve ser estratégia, para dar a entender que são falsos ou imitações a assim ninguém tem interesse em roubá-los. É sempre um risco, não vá haver alguém entendido no assunto e aproveitar o descuido.